27 de janeiro de 2010

A Lista

a lista

osvaldo montenegro


Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?


18 de janeiro de 2010



Tempo que Foge

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço. (...)
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus.

Caminhar perto dessas pessoas nunca será perda de tempo.

(Ricardo Gondim)




fonte: http://foradazonadeconforto.blogspot.com/2009/11/tempo-que-foge.html


Haiti...

Deus de vez em quando me tira a poesia.
Olho para o Haiti
e vejo o
Haiti.

(parafraseando Adélia Prado)






O Brasil e o mundo estão cheios de Haiti's
A gente não precisa esperar acontecer uma grande catástrofe pra ajudar. Melhor prevenir.

http://www.oquevivipelomundo.blogspot.com/

17 de janeiro de 2010




Cecília Meireles fala da eternidade que se sobrepõe ao efêmero.



“Tu tens um medo:

Acabar.

Não vês que acabas todo dia.

Que morres no amor.

Na tristeza.

Na dúvida.

No desejo.

Que te renovas todo dia.

No amor.

Na tristeza.

Na dúvida.

No desejo.

Que és sempre outro.

Que és sempre o mesmo.

Que morrerás por idades imensas.

Até não teres medo de morrer.

E então serás eterno.”

(poema pertencente ao livro Cânticos, de 1927)









Não há sentido na efemeridade viciosa,
limitada a um

sistema incompleto e deficiente,
se há um Criador cujo
objetivo foi constituir família.



Não há sentido se não houver eternidade!


Ísso faz parte da minha Fé!