13 de fevereiro de 2009

“Venenos de Deus, Remédios do Diabo”

"Viver é que não tem cura, caro amigo.”“A velhice é assim, faz noite a qualquer hora.”“A vida é um rio: a água junta e separa.”“A ausência dupla de felicidade e infelicidade é ainda mais penosa que o sofrimento. O verdadeiro castigo não é o inferno com as suas chamas devoradoras. A punição maior é o purgatório eterno. - Uma coisa aprendi na vida. Quem tem medo da infelicidade nunca chega a ser feliz.”“As formas de expressão usam-se quando se tem medo de dizer a verdade.”“Em que preciso momento a pessoa adormece? Quando perde o mundo, tombada no fundo da alma? Quando apenas lhe sobra uma derradeira fresta de luz, ecos de vozes sopradas de tão longe que parecem rumores de anjos?”“Aos 10 anos todos nos dizem que somos espertos, mas que nos faltam ideias próprias. Aos 20 anos dizem que somos muito espertos, mas que venhamos com ideias. Aos 30 anos pensamos que ninguém mais tem ideias. Aos 40 achamos que as ideias dos outros são todas nossas. Aos 50 pensamos com suficente sabedoria para já não ter ideias. Aos 60 ainda temos ideias mas esquecemos do que estávamos a pensar. Aos 70 só pensar já nos faz dormir. Aos 80 só pensamos quando dormimos.”“O suficiente é para quem não ama. No amor só existem infinitos.”

Trechos do livro “Venenos de Deus, Remédios do Diabo” de Mia Couto (por R.Gondim)

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